Sempre fui apaixonada pelo Carnaval. Desde criança, lembro-me de acompanhar minha mãe nos bailes de salão. Ela, sempre animada, me ensinou a amar música, conversas e a alegria contagiante dessa festa. Essas experiências moldaram minha personalidade e me tornaram uma pessoa super social.
Na adolescência, a tradição continuou — mas com um toque de rebeldia. Para o desespero da minha mãe, comecei a explorar os carnavais de Ouro Preto. Quando a supervisão ficou mais flexível, ampliei minhas aventuras para outros destinos, chegando até Salvador. Entre os destinos mineiros, sem dúvidas, os carnavais de Diamantina foram os mais memoráveis.
A vida passou, casei e descobri minha grávidez em pleno carnaval, bem nos primordios de carnaval de Belo Horizonte. Mas como a vida tem suas ironias, apesar de ter um grande companheiro de folia, tivemos uma filha que detesta barulho, agitação e tudo o que envolve “muvuca”. Assim, deixei de lado até mesmo os bloquinhos infantis. Meu sonho de tocar na Charanga das Padês ficou adormecido.
As Charangueiras
Mas o tempo passou, minha filha cresceu, e com isso veio uma nova liberdade para curtir os carnavais. Com minha companheira de viagens e fotografia, Cristiane Mota, tive a incrível experiência de desfilar no Salgueiro e conhecer a Sapucaí.
Se na adolescência meu coração batia por Ouro Preto, hoje ele pertence ao Rio de Janeiro. Inclusive, estive lá no emblemático Carnaval de 2019, pouco antes da pandemia. Após alguns anos longe da folia, voltei ao Rio em 2021, quando Cris me “sequestrou” para ajudá-la a fotografar o bloco Amigos da Onça.
Foi uma experiência incrível: dançar e fotografar no meio da energia contagiante do bloco. Ainda bem que tenho fotos para eternizar esse momento!
Minha conexão com o Amigos da Onça me levou a um novo sonho: dançar no Carnaval. Em 2023, procurei o grupo Requebra, mas os horários não batiam. Mesmo assim, conheci pessoas incríveis que abriram portas para um novo capítulo: fotografar blocos em Belo Horizonte.
Em 2023, recrutei meu parceiro de vida Victor para ser meu grande apoio, e sai a registrar momentos únicos de blocos. Além das Charangueiras, fotografei os seguintes blocos:
Asa de Banana
Putz Grilla
Tamburins Tantas
Us Beethoven
Bloco da Calixto
Cada bloco tem sua magia, mas o Tropicalize conquistou meu coração. Fui apenas assistir ao cortejo porque amigos tocavam lá, mas não consegui ficar parada! Antes que percebesse, já estava na bateria. Em 2025, terei a honra de tocar no bloco!
Quanto ao próximo Carnaval, ainda não sei quais blocos poderei fotografar. Mas uma coisa é certa: terei que recrutar alguém para me fotografar no Tropicalize. Afinal, cada momento merece ser eternizado!